Como Transferir Dívida de Cartão de Crédito para Empréstimo Pessoal e Reduzir Juros
Aprenda a transferir dívida de cartão de crédito para empréstimo pessoal com juros mais baixos. Descubra o passo a passo, cálculos e erros a evitar.

Se você sente-se preso aos altos juros do cartão de crédito, transferir dívida de cartão de crédito para empréstimo pessoal pode ser a solução ideal para reduzir suas parcelas e ganhar fôlego financeiro. Neste guia completo, você vai entender como funciona esse processo, quais são os critérios dos bancos e fintechs, e como calcular a real economia antes de tomar uma decisão. Para organizar melhor suas finanças durante essa transição, vale a pena investir em materiais de apoio, como um livro de finanças pessoais ou até mesmo uma calculadora financeira HP 12C que facilite seus cálculos.
O que significa transferir dívida de cartão de crédito para empréstimo pessoal?
Quando você acumula saldo devedor em seu cartão de crédito e paga apenas o mínimo, os juros rotativos podem ultrapassar 300% ao ano em alguns casos. A transferência de dívida ocorre quando você contrai um empréstimo pessoal junto a um banco ou instituição financeira para quitar totalmente o saldo devedor do cartão. Assim, você deixa de ter uma dívida rotativa — cujo valor pode crescer descontroladamente — e passa a ter um empréstimo com juros e parcelas fixas e previsíveis.
Essa estratégia faz parte do processo mais amplo de consolidação de dívidas, cujo objetivo é agrupar diversos débitos em uma única operação com condições mais vantajosas. No entanto, diferentemente da portabilidade de crédito consignado, a transferência para empréstimo pessoal não exige desconto em folha de pagamento, mas pode ter taxas de juros um pouco mais altas que o consignado.
Para avaliar se essa é a melhor saída para o seu caso, é fundamental comparar as taxas de juros efetivas entre o rotativo do cartão e as ofertas de empréstimo pessoal no mercado. Bancos tradicionais, fintechs digitais e cooperativas de crédito são opções a serem pesquisadas.
Vantagens e desvantagens desse tipo de transferência
Benefícios principais
O principal benefício de transferir dívida de cartão de crédito para empréstimo pessoal está na redução dos juros. Empréstimos pessoais costumam ter taxas entre 2% a 8% ao mês, enquanto o rotativo do cartão pode passar de 15% ao mês. Além disso, você ganha previsibilidade: sabendo exatamente quantas parcelas faltam e o valor de cada uma, é mais fácil planejar seu orçamento.
Outra vantagem é evitar a bola de neve. No cartão, ao pagar apenas o mínimo, o valor restante segue sofrendo juros compostos diários. O empréstimo pessoal, ao ter saldo devedor fixo, bloqueia esse efeito negativo.
Pontos de atenção
Por outro lado, antes de optar pela transferência, fique atento a possíveis tarifas de contratação e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Algumas instituições cobram taxas de abertura de crédito (TAC) ou seguro, o que pode encarecer a operação. Leia todas as condições no contrato e, se for o caso, negocie a isenção desses custos.
Além disso, se você não atacar a raiz do problema — o hábito de gastar mais do que ganha — corre o risco de voltar a usar o cartão e criar nova dívida. Planejar o orçamento e construir um fundo de emergência é essencial. Uma boa referência para organizar suas economias é o nosso artigo sobre fundo de emergência eficiente.
Quando vale a pena transferir a dívida?
Comparativo de juros: cartão x empréstimo pessoal
O primeiro passo é identificar sua taxa de juros atual no cartão de crédito. Verifique no seu último extrato ou no aplicativo do banco. Em seguida, faça simulações de empréstimo pessoal em diferentes instituições. Muitas fintechs oferecem simuladores rápidos sem burocracia, permitindo comparar taxas e prazos.
Exemplo prático: se o seu rotativo for 12% ao mês e a melhor oferta de empréstimo pessoal for 4% ao mês, a economia é substancial. No entanto, considere também o prazo. Um empréstimo de 12 meses a 4% ao mês pode resultar em parcelas maiores que um rotativo, que, apesar dos juros altos, tem valor mínimo reduzido.
Perfil do tomador e risco de crédito
Instituições avaliam renda, score de crédito e histórico para liberar o empréstimo. Se o seu score for baixo, pode haver dificuldade em obter taxas competitivas. Às vezes, oferecer um garantidor ou contratar empréstimo em cooperativa de crédito pode reduzir o risco e melhorar as condições.
Tipos de empréstimo pessoal disponíveis
Bancos tradicionais
Bancos como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil oferecem empréstimos pessoais com diferentes modalidades: consignado (para servidores públicos), crédito direto ao consumidor e crédito automático. As taxas variam conforme relacionamento e volume de produtos contratados. Vale conversar com seu gerente para obter descontos.
Fintechs e bancos digitais
Fintechs como Nubank, C6 Bank e Banco Inter têm processos online, sem tarifas de manutenção, e costumam praticar taxas mais atraentes. O desbloqueio rápido do dinheiro e a contratação totalmente digital são grande diferencial para quem busca agilidade.
Cooperativas de crédito
Em cooperativas, a taxa de juros pode ser ainda mais baixa, pois são organizações sem fins lucrativos. Para participar, é preciso se tornar cooperado e seguir regulamentos internos, mas a economia em juros pode compensar.
Passo a passo para transferir a dívida
1. Faça levantamento do saldo devedor
Reúna dados do seu cartão: saldo atual, juros mensais, valor mínimo da fatura. Anote tudo em uma planilha ou utilize nosso modelo de planilha de fluxo de caixa para ter visão completa das dívidas.
2. Compare ofertas no mercado
Acesse simuladores de bancos e fintechs. Leve em conta taxa de juros, prazo, tarifas e IOF. Não se prenda apenas ao CET (Custo Efetivo Total); analise também a flexibilidade de pagamento antecipado sem multas.
3. Contrate a operação e quite o cartão
Após escolher a melhor oferta, envie a documentação e aguarde a aprovação. Em alguns casos, o valor é liberado diretamente para quitar o cartão. Em outros, você recebe em conta e faz o pagamento manualmente.
4. Ajuste seu orçamento
Inclua a nova parcela do empréstimo no seu planejamento mensal. Evite voltar a usar o cartão de crédito liberado. Se possível, mantenha-o guardado ou bloqueie provisoriamente.
Erros comuns e como evitá-los
Transferir sem planejamento
Muitos tomam o empréstimo sem revisar o orçamento, e acabam acumulando uma nova fatura. Para evitar, utilize o método Snowball e o método Avalanche para quitação antecipada, conforme explicado em nosso guia sobre método Snowball para quitar dívidas.
Desconsiderar tarifas e IOF
Leia atentamente o contrato e negocie a isenção de tarifas. O IOF incide sobre o valor do empréstimo e pode chegar a 0,38% no caso de pessoa física.
Negar antecipação de pagamento
Empréstimos pessoais costumam permitir amortização sem custos. Se você receber um valor extra, antecipe parcelas e reduza o prazo e juros totais.
Como calcular a economia real?
Comparação de CET
O CET reúne todas as despesas da operação. Compare o CET do rotativo do cartão com o do empréstimo pessoal. Use planilhas ou a calculadora HP 12C para obter resultados precisos.
Exemplo prático
Imagine R$ 5.000 no rotativo a 12% ao mês versus empréstimo de 12x a 4% ao mês e CET de 4,5% ao ano. Depois de 12 meses, a diferença pode chegar a milhares de reais. Faça simulações detalhadas antes de decidir.
Conclusão
Transferir dívida de cartão de crédito para empréstimo pessoal é uma estratégia eficaz para reduzir juros e recuperar o controle financeiro. No entanto, exige pesquisa, planejamento e disciplina para evitar cair no mesmo ciclo de endividamento. Utilize simuladores, compare ofertas, cuide do seu score e ajuste seu orçamento para garantir o sucesso dessa operação.
Se você precisa ainda de orientações para organizar melhor suas dívidas e finanças, confira nossos outros conteúdos e ferramentas internas. Com o plano certo, é possível sair do vermelho, construir um fundo de emergência e alcançar a liberdade financeira.